O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, criticou o secretário de Estado americano, Marco Rubio, na terça-feira (25), classificando-o como "o mais imbecil" da história política dos Estados Unidos.
"É impossível ter um secretário de Estado mais imbecil que Marco Rubio", declarou, descrevendo como "ridículo" o que o alto funcionário americano "tem feito" no atual governo Trump.
Durante marcha nas ruas de Caracas, Cabello acusou os EUA de querer "roubar os recursos naturais da Venezuela" usando como "desculpa a mudança de regime". O ministro afirmou que autoridades americanas como Rubio "desconhecem a história da Venezuela" ao acreditar que o país se renderá a ameaças.
Cabello fez uma grave advertência destacando que "quem ousar pôr um pé sobre a Venezuela será aniquilado por nosso povo [venezuelano]."
Agressões dos EUA
- Em agosto, os Estados Unidos enviaram contingentes militares para a costa da Venezuela, alegando disposição de combater o narcotráfico. Desde então, foram realizados vários bombardeios a lanchas no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico, provocando dezenas de mortes.
- Washington acusou Maduro, sem provas ou fundamentação, de liderar um suposto cartel de drogas. As mesmas acusações infundadas foram feitas contra o presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou os ataques mortais contra embarcações nas águas da região.
- Em meados de outubro, o presidente dos EUA, Donald Trump, admitiu ter autorizado a CIA a realizar operações secretas em território venezuelano. "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos? (...) Alguém acredita que a CIA não conspira contra o comandante Chávez e contra mim há 26 anos?", perguntou Maduro, em resposta.
- O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, condenou os bombardeios realizados pelos EUA contra pequenas embarcações, que resultaram em mais de 60 mortos. Especialistas e governos classificaram os ataques como execuções extrajudiciais, em violação ao que consagra o direito internacional. As ações e pressões de Washington foram classificadas por Caracas como uma agressão, que questiona a real razão por trás das operações.