O assessor da presidência russa Yuri Ushakov afirmou nesta quarta-feira (26) que o presidente Vladimir Putin deve receber o enviado especial de Donald Trump, Steven Witkoff, cuja visita a Moscou está prevista para a próxima semana.
"Se Witkoff vier, é muito provável que seja recebido pelo Presidente da Federação Russa", disse Ushakov ao comentar a visita e os possíveis encontros com Putin.
Segundo o assessor, a Rússia pretende discutir durante a visita o plano de paz proposto por Trump para encerrar o conflito ucraniano.
"Concordamos em nos encontrar com Witkoff. Espero que ele não venha sozinho; outros representantes da equipe ucraniana que trabalha na questão ucraniana estarão presentes", acrescentou. "Então, iniciaremos as discussões".
Ushakov já havia indicado que Witkoff deve estar acompanhado por representantes americanos envolvidos em "assuntos ucranianos".
Trump anuncia visita de Witkoff
O presidente dos EUA confirmou que a reunião de Witkoff com Putin pode ocorrer na próxima semana em Moscou.
Ele também afirmou que seu genro e empresário Jared Kushner, que participa das negociações, possivelmente estará presente.
Prazo final
Na sexta-feira passada (21), Trump disse que Zelensky tinha até quinta-feira, 27 de novembro, para aprovar o plano de paz americano de 28 pontos. Depois de encontro em Genebra com representantes da União Europeia e da Ucrânia, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou que a aprovação por parte de Kiev exigirá mais tempo.
"Nosso objetivo é acabar com essa guerra o mais rápido possível, mas precisamos de um pouco mais de tempo", explicou.
Na quinta-feira (20), foram publicados 28 pontos do plano de paz do presidente norte-americano para o conflito ucraniano, que vêm sendo amplamente discutido na mídia há vários dias.
O plano prevê, entre outros pontos, novas eleições na Ucrânia, levantamento das sanções contra Moscou e proibição da expansão da OTAN.
Enquanto isso, a Bloomberg informou que os principais aliados europeus da Ucrânia se alinharam ao líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, para rejeitar os pontos-chave do plano.
Saiba mais sobre o plano de paz de Trump para o conflito ucraniano em nosso artigo.