O assessor do presidente russo para assuntos internacionais, Yuri Ushakov, classificou a interferência europeia na busca por uma solução pacífica para a Ucrânia como "completamente desnecessária".
Ao avaliar a proposta de paz apresentada por Donald Trump, Ushakov observou que "alguns aspectos podem ser considerados positivos, mas muitos outros exigem discussões específicas entre especialistas".
Sobre as contantes especulações e mudanças sobre o que tange a proposta de paz, o assessor comentou: "não são apenas nós que participamos desse processo [...] mas os ucranianos e os europeus também estão se envolvendo em todas essas questões de maneira completamente desnecessária, na minha opinião".
Ushakov também afirmou que Moscou ainda não discutiu o plano de paz de Donald Trump com ninguém, desmentindo assim notícias de que negociações entre russos e americanos estariam em andamento em Abu Dhabi sobre a proposta.
Plano de Trump
Moscou e Kiev tiveram três rodadas de negociações diretas em 2025 para abordar a crise ucraniana e questões humanitárias. As negociações ocorreram em maio, junho e julho e resultaram em trocas de prisioneiros, trocas de opiniões sobre um possível cessar-fogo na forma de um memorando e propostas de Moscou para a formação de três grupos de trabalho virtuais sobre questões políticas, humanitárias e militares.
Em 20 de novembro, foram publicados 28 pontos do plano de paz do presidente norte-americano para o conflito ucraniano, que vêm sendo amplamente discutidos na mídia há vários dias.
O plano prevê, entre outros pontos, novas eleições na Ucrânia, levantamento das sanções contra Moscou e a proibição da expansão da OTAN.
A Bloomberg informou que os principais aliados europeus da Ucrânia se alinharam ao líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, para rejeitar os pontos-chave do plano.
Saiba mais sobre o plano de paz de Trump para o conflito ucraniano em nosso artigo.