Detida pela imigração, brasileira ex-cunhada da porta-voz da Casa Branca pode ser deportada

Bruna Caroline Ferreira teria chegado aos Estados Unidos em 1998 e tido um filho com Michael Leavitt em 2014, enquanto se beneficiou de um programa de proteção de deportações.

A brasileira Bruna Caroline Ferreira, mãe do sobrinho da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, foi detida pelo Serviço de Imigração (ICE) dos Estados Unidos, informou na terça-feira (25) o portal Daily Beast.

Bruna mora na cidade de Boston, Massachusetts, na costa leste dos Estados Unidos e é acusada de morar ilegalmente em território americano desde 1999 quando seu visto expirou.

O Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) comentou ao jornal que a brasileira tem uma passagem criminal anterior por lesão corporal, informação não confirmada por outras agências de notícias americanas..

O DHS também informou que, no momento, Bruna se encontra no Centro de Processamento do ICE no estado de Louisiana do Sul, passando por procedimentos de extradição. Ela se junta às estatísticas de inúmeros brasileiros que se tornaram alvos da política migratória de Donald Trump, que tem deslocado milhares de agentes de suas funções originais para reforçar operações de prisão e deportação de imigrantes.

Separação familiar

Bruna e o irmão de Karoline Leavitt, Michael Leavitt, divorciaram-se há cerca de dez anos. Fontes não identificadas contaram ao Daily Beast que o filho da brasileira mora com o pai e que Karoline não tem contato com a ex-cunhada há anos. "Minha única preocupação sempre foi a segurança, o bem-estar e a privacidade do meu filho", comentou Michael ao jornal wbur.

A irmã de Bruna, Graziela dos Santos Rodrigues, iniciou uma campanha virtual para arrecadar fundos para as despesas judiciais. Graziela ainda indica que sua irmã está há tanto tempo no país por ter sido beneficiada pelo programa de autorização prolongada (DACA), que protege da deportação jovens imigrantes que chegaram aos EUA como crianças antes de 2012.

"A ausência de Bruna tem sido especialmente dolorosa para seu filho de 11 anos (...) que precisa da mãe e espera todos os dias que ela volte para casa a tempo das festas de fim de ano", escreve Graziela no texto da campanha.