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STF define locais de prisão para Bolsonaro e ex-ministros; Ramagem foge para os EUA

Determinação do STF levou aliados de Bolsonaro a unidades militares em Brasília e no Rio de Janeiro.
STF define locais de prisão para Bolsonaro e ex-ministros; Ramagem foge para os EUAAgência Brasil | STF

Após a certificação do trânsito em julgado pelo Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (25), os principais alvos da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado passaram a cumprir pena em diferentes instalações sob custódia das Forças Armadas e da Polícia Federal no Distrito Federal. A decisão inclui o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo, civis e militares.

Jair Bolsonaro continuará detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde está preso preventivamente desde sábado (22). A permanência no local foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável por autorizar o início da execução penal após o esgotamento de todos os recursos.

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres será levado para a chamada "Papudinha", um batalhão da Polícia Militar situado dentro do Complexo Penitenciário da Papuda. O local é tradicionalmente utilizado para custodiar ex-autoridades, garantindo separação dos demais internos.

Torres deixou seu escritório às 16h17 desta terça-feira (25) e segue agora para a Superintendência da Polícia Federal para passar pelo exame de Corpo de Delito pelo Instituto Médico Legal. Em seguida, será levado para o Complexo da Papuda.

Os generais Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, também condenados por participação na tentativa de golpe, cumprem pena no Comando Militar do Planalto. Já o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, foi encaminhado para a Estação Rádio da Marinha, ambas localizadas em Brasília.

O general Walter Braga Netto permanece detido em uma unidade militar no Rio de Janeiro, onde está preso preventivamente desde dezembro do ano passado. A estrutura que o abriga segue os protocolos das Forças Armadas, com vigilância permanente e acesso restrito.

Entre os condenados, o único que ainda não teve o local de cumprimento da pena definido é o deputado federal Alexandre Ramagem. Alvo da mesma decisão do Supremo, Ramagem viajou para os Estados Unidos junto com a família. 

Diante da ausência e da impossibilidade de cumprimento da ordem judicial, Ramagem passou a ser oficialmente considerado foragido da Justiça brasileira