Bolsonaro seguirá preso na Superintendência da PF após decisão definitiva do STF

Advogado de Bolsonaro insiste em embargos e diz que STF cometeu erro ao encerrar processo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta terça-feira (25) o início da execução da pena imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por participação em uma tentativa de golpe de Estado.

De acordo com a decisão, o Bolsonaro deverá permanecer custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, local onde está detido preventivamente desde sábado (22), agora para dar início ao cumprimento da pena.

"DETERMINO O INÍCIO DO CUMPRIMENTO DA PENA DE JAIR MESSIAS BOLSONARO, em regime inicial fechado, da pena privativa de liberdade de 27 (vinte e sete) anos e 3 meses, sendo 24 (vinte e quatro) anos e 9 (nove) meses de reclusão e 2 (dois) anos e 6 (seis) meses de detenção, nos termos do artigo. 21, II c/c artigo 341, ambos do Regimento Interno do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, e no art. 105 da Lei de Execução Penal. Expeça-se o mandado de prisão, que deverá ser cumprido na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal", diz a decisão de Moraes.

A equipe jurídica do presidente Jair Bolsonaro anunciou que vai recorrer contra a conclusão do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na sua condenação por envolvimento na tentativa de golpe de Estado. As informações foram divulgadas pelo portal g1.

Segundo o advogado Paulo Cunha Bueno, a defesa considera que houve um "erro grave" por parte do ministro Alexandre de Moraes ao declarar o trânsito em julgado da ação, o que, na prática, encerra a possibilidade de novos recursos. "Ainda temos o prazo dos infringentes na sexta-feira (28). Erro grave sair esse despacho de trânsito em julgado", declarou Cunha Bueno.