Lavrov: Rússia valoriza iniciativa dos EUA e plano de Trump para conflito ucraniano reflete a posição alcançada no Alasca

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta terça-feira (25) que Moscou aprecia o fato de a iniciativa dos EUA e o plano de Donald Trump para o conflito ucraniano refletirem os acordos alcançados no Alasca pelos presidentes da Rússia e dos EUA.
"Certamente valorizamos a posição dos Estados Unidos, que é o único dos líderes ocidentais — ao contrário de Londres, Bruxelas, Paris e Berlim — que está tomando a iniciativa de encontrar maneiras de resolver a situação. Valorizamos isso", declarou Lavrov, acrescentando que o mais importante é que o plano de paz de Trump incorpore os acordos alcançados no Alasca.
🇷🇺O chanceler russo afirmou que os EUA são “os únicos líderes do mundo ocidental” que estão tentando resolver o conflito ucraniano. https://t.co/c3C4AclrIdpic.twitter.com/3v12sEfLEd
— RT Brasil (@rtnoticias_br) November 25, 2025
Nesse contexto, o chanceler afirmou que, na situação atual, não se pode "falar em mediação por parte da França e da Alemanha", que não querem alcançar a paz na Ucrânia, lembrando seu papel de mediadores nos acordos de Minsk. "Entre os mediadores, eu disse que valorizamos a posição de Belarus e valorizamos a posição da Turquia", disse Lavrov, destacando que esses dois países podem desempenhar um "papel construtivo como mediadores".
Europa fracassou como parte das negociações
Além disso, o ministro declarou que a Europa fracassou como parte das negociações para uma resolução pacífica do conflito há mais de uma década. Lavrov lembrou que sempre que se alcançava algum progresso na resolução do conflito, "quando se chegava a acordos — fossem eles intermediários ou mais sólidos e duradouros —, esses acordos eram sabotados".
"E agora, quando nossos colegas europeus proclamam em voz alta: ‘Não haverá um novo [acordo de] Minsk, nada pode ser decidido sem a Europa, porque isso nos diz respeito diretamente’, verifica-se que a Europa fracassou em todos os aspectos desde 2014", disse ele.
Saiba mais sobre o plano de paz de Trump para o conflito ucraniano em nosso artigo.
