O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, revelou em coletiva de imprensa nesta terça-feira (25) quem quer minar o plano de paz para a Ucrânia proposto por Donald Trump, indicando que eles perseguem "fins pouco honrosos".
"Aqueles que tentam, no processo de análise dos documentos apresentados, em primeiro lugar, filtrá-los deliberadamente para gerar essa agitação na mídia [...], querem minar os esforços de Donald Trump, querem reformular esse plano à sua maneira", afirmou.
O ministro destacou que a Rússia ainda não recebeu a versão oficial do plano americano e afirmou que aqueles que agora falam sobre o plano, em particular o presidente francês, Emmanuel Macron, para criticá-lo e classificá-lo como "inaceitável", estão tentando minar os esforços para resolver o conflito ucraniano.
"Temos canais de comunicação com nossos colegas americanos, que estão sendo utilizados, e esperamos deles a versão que consideram provisória do ponto de vista da conclusão da fase de coordenação deste texto com os europeus e os ucranianos", declarou Lavrov, acrescentando que Moscou agirá depois de se familiarizar com tal documento e compreender se nele está presente "o espírito e a letra de Anchorage," em referência aos entendimentos alcançados durante a cúpula no Alasca entre os presidentes Trump e Putin.
Plano de Trump
Moscou e Kiev tiveram três rodadas de negociações diretas em 2025 para abordar a crise ucraniana e questões humanitárias. As negociações ocorreram em maio, junho e julho e resultaram em trocas de prisioneiros, trocas de opiniões sobre um possível cessar-fogo na forma de um memorando e propostas de Moscou para a formação de três grupos de trabalho virtuais sobre questões políticas, humanitárias e militares.
Em 20 de novembro, foram publicados 28 pontos do plano de paz do presidente norte-americano para o conflito ucraniano, que vêm sendo amplamente discutidos na mídia há vários dias.
O plano prevê, entre outros pontos, novas eleições na Ucrânia, levantamento das sanções contra Moscou e a proibição da expansão da OTAN.
A Bloomberg informou que os principais aliados europeus da Ucrânia se alinharam ao líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, para rejeitar os pontos-chave do plano.
Saiba mais sobre o plano de paz de Trump para o conflito ucraniano em nosso artigo.