O plano de paz do presidente Donald Trump para o conflito ucraniano é atualmente a única iniciativa "substancial" que poderia servir de base para potenciais negociações para pôr fim ao conflito, afirmou o secretário de imprensa da presidência russa, Dmitry Peskov.
"Neste momento, a única coisa com substância é o projeto americano, o projeto de Trump. Acreditamos que ele poderia se tornar uma base muito boa para negociações, e nosso presidente também conversou com ele. Continuamos a defender essa posição", declarou Peskov.
No entanto, ele observou que Moscou aguarda a apresentação oficial do plano de Washington para a Ucrânia, preferindo evitar a "diplomacia de megafone". Peskov enfatizou que existem versões conflitantes do plano e, embora compreendam que o texto está sendo negociado e ajustado, esperam recebê-lo oficialmente.
Peskov também enfatizou que o plano de Trump se baseia em grande parte nos entendimentos alcançados em Anchorage. "De muitas maneiras, ele é consistente com o espírito de Anchorage", concluiu.
Plano de Trump
Moscou e Kiev tiveram três rodadas de negociações diretas em 2025 para abordar a crise ucraniana e questões humanitárias. Essas negociações ocorreram em maio, junho e julho e resultaram em trocas de prisioneiros, trocas de opiniões sobre um possível cessar-fogo na forma de um memorando e propostas de Moscou para a formação de três grupos de trabalho virtuais sobre questões políticas, humanitárias e militares.
Em 20 de novembro, foram publicados 28 pontos do plano de paz do presidente norte-americano para o conflito ucraniano, que vinha sendo amplamente discutido na mídia há vários dias.
O plano prevê, entre outros pontos, novas eleições na Ucrânia, levantamento das sanções contra Moscou e proibição da expansão da OTAN.
Enquanto isso, a Bloomberg informou que os principais aliados europeus da Ucrânia alinharam-se ao líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, para rejeitar pontos-chave do plano.
Saiba mais sobre o plano de paz de Trump para o conflito ucraniano em nosso artigo.