Israel afirma ter causado "o menor número de mortes de civis da história" em Gaza

O porta-voz do Governo israelense, Avi Hyman, forneceu esta semana a contagem de pessoas mortas em Gaza realizado pelas autoridades do país judeu, afirmando que Israel matou "a menor proporção de vítimas civis por combatente da história".

"Acreditamos que matamos mais de 14 mil terroristas e, infelizmente, cerca de 16 mil civis", revelou Hyman, citando as declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O porta-voz expressou a esperança de que "o mundo inteiro considere esses números como uma estimativa real de um país livre e democrático que luta em estrita conformidade com as leis dos conflitos armados em um dos mais difíceis teatros de guerra urbana da história".

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Hyman acusou o Hamas de fabricar o número de mortos e lamentou que Israel tenha sido "condenado em todo o mundo por causa de um número falso e fabricado de mortos civis, criado e divulgado pelo Hamas". Nesse contexto, condenou as mídias por "copiar e colar" números "fornecidos pelo Hamas", e chegou a dizer que a ONU "se tornou um noticiário do Hamas para o mundo".

"Israel está estabelecendo o novo padrão de ouro para a guerra urbana, com o que parece ser a menor proporção de vítimas civis por combatente da história", enfatizou o porta-voz.

No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na terça-feira que não vê "nada de errado" nosnúmeros de mortos e feridos informados pelas autoridades de saúde de Gaza. Na semana passada, o Ministério da Saúde de Gaza declarou que cerca de 35 mil pessoas haviam morrido desde o início das hostilidades em 7 de outubro. Acrescentou que, até o momento, cerca de 25 mil delas foram totalmente identificadas, e que metade desse número correspondia a mulheres e crianças.