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Bolsonaro recebe refeições caseiras e recusa cardápio oferecido pela Polícia Federal

Café da manhã, almoço e jantar são levados por auxiliares e seguem dieta com baixo teor de gordura.
Bolsonaro recebe refeições caseiras e recusa cardápio oferecido pela Polícia FederalGettyimages.ru / Ton Molina / Stringer

Desde que foi conduzido à sala de custódia da Superintendência da Polícia Federal em Brasília, no sábado (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro optou por não consumir as refeições oferecidas pela corporação. O ex-mandatário tem mantido uma alimentação exclusiva levada por familiares e auxiliares, com base em orientações médicas. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo.

Segundo interlocutores próximos ouvidos pelo jornal, Bolsonaro está recebendo diariamente café da manhã, almoço e jantar preparados fora da unidade prisional. A escolha pelo cardápio externo tem como base recomendações de médicos da família, com ênfase em alimentos com baixo teor de gordura. No domingo (23), por exemplo, ele teria comido pão com ovo e tomado café com leite, segundo relataram aliados.

A rotina alimentar do ex-presidente não é incomum entre presos. É permitido que familiares levem alimentos desde que o material passe por inspeção e siga as normas de segurança da Polícia Federal. Ainda na manhã de sábado (22), um assessor entregou itens de higiene pessoal, como escova de dente e desodorante, que foram submetidos à vistoria dos agentes antes de serem repassados a Bolsonaro.

No primeiro dia sob custódia, Bolsonaro não jantou e teria alegado estar sem apetite, apesar de a PF disponibilizar o menu padrão para os detentos, que inclui arroz, feijão, salada e uma proteína.

A avaliação entre aliados é de que Bolsonaro se mantém calmo, conversa normalmente com interlocutores e não apresentou intercorrências até o momento. A alimentação, segundo eles, segue como ponto de atenção, mas está sendo monitorada diretamente por familiares, incluindo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro, que passaram a centralizar as articulações políticas da família desde a prisão do presidente.

  • Bolsonaro foi preso no sábado (22) após tentativa de remover a tornozeleira eletrônica e diante de uma vigília convocada pelo filho, senador Flávio Bolsonaro, que poderia causar tumulto e facilitar fuga.
  • A Polícia Federal (PF) pediu a prisão para preservar a ordem pública, com apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR). No domingo (23), audiência de custódia manteve a detenção, sem avaliar o mérito da acusação.