'Podem servir de base para acordo de paz definitivo', diz Putin a Erdogan sobre propostas dos EUA

Durante ligação entre Moscou e Ancara, o presidente turco reafirmou sua prontidão em apoiar novamente as discussões de paz para o conflito na Ucrânia.

O presidente russo Vladimir Putin conversou por telefone, nesta segunda-feira (24), com seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, em meio às discussões sobre a continuação das negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, informou a nota do Kremlin.

"Houve uma troca de opiniões sobre a situação na Ucrânia, inclusive no contexto das propostas americanas para uma solução pacífica. Vladimir Putin observou que essas propostas, na versão que conhecemos, estão em consonância com as discussões da cúpula russo-americana no Alasca e, em princípio, podem servir de base para uma solução pacífica definitiva", destacaram as autoridades.

Nesse contexto, Erdogan reiterou seu apoio às negociações, que já foram realizadas em Istambul nos anos de 2022 e 2025. O presidente turco aproveitou para compartilhar suas impressões do G20, que não contou com a participação de Putin, cuja delegação russa foi liderada pelo vice-chefe do Gabinete Executivo Presidencial, Maxim Oreshkin.

Os líderes examinaram também questões atuais relacionadas à cooperação entre a Rússia e a Turquia. Foi dada especial atenção à ampliação das relações comerciais e econômicas e à execução de novos projetos estratégicos no setor energético. Os presidentes concordaram em manter contatos regulares.

Plano de Trump

Moscou e Kiev tiveram três rodadas de negociações diretas em 2025 para abordar a crise ucraniana e questões humanitárias. Essas negociações ocorreram em maio, junho e julho e resultaram em trocas de prisioneiros, trocas de opiniões sobre um possível cessar-fogo na forma de um memorando e propostas de Moscou para a formação de três grupos de trabalho virtuais sobre questões políticas, humanitárias e militares.

Em 20 de novembro, foram publicados 28 pontos do plano de paz do presidente norte-americano para o conflito ucraniano, que vinha sendo amplamente discutido na mídia há vários dias.

O plano prevê, entre outros pontos, novas eleições na Ucrânia, levantamento das sanções contra Moscou e proibição da expansão da OTAN.

Enquanto isso, a Bloomberg informou que os principais aliados europeus da Ucrânia alinharam-se ao líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, para rejeitar pontos-chave do plano.

Saiba mais sobre o plano de paz de Trump para o conflito ucraniano em nosso artigo.