Um documento incluído nos e-mails relacionados ao caso do falecido financista e predador sexual Jeffrey Epstein sugere que entre seus clientes teria figurado a falecida rainha britânica Elizabeth II, a quem ele supostamente prestou consultoria financeira, informou o jornal Daily Express no sábado (22).
Segundo o veículo, um dos cerca de 23 mil documentos divulgados na semana passada pelo Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes dos EUA indica que o falecido físico e prêmio Nobel Murray Gell-Mann afirmou ter "a impressão de que entre os clientes de Epstein estava a rainha da Inglaterra".
Gell-Mann admitiu em seu livro 'O quark e o jaguar: aventuras no simples e no complexo' (1994) que recebeu apoio financeiro de Epstein. Em 2003, ele participou de uma coletânea de homenagens dedicadas ao financista e, em 2011, teria comparecido a um evento em sua ilha privada. Seu nome também aparece no chamado "livro negro", a agenda de contatos próximos de Epstein. Gell-Mann faleceu em 2019.
Os documentos também indicam que o físico acreditava que Epstein teria oferecido consultoria financeira à rainha Elizabeth II.
O Palácio de Buckingham se recusou a comentar o relatório.
Jeffrey Epstein foi encontrado morto em 10 de agosto de 2019 em sua cela no Centro Correcional Metropolitano de Manhattan (Nova York), onde aguardava julgamento por acusações federais de tráfico sexual de menores.
A morte de Epstein ocorreu apenas um dia depois da divulgação de documentos judiciais que implicavam como cúmplices diversas pessoas influentes, incluindo o príncipe britânico Andrew, o bilionário investidor Glenn Dubin, o ex-governador do Novo México Bill Richardson e outras figuras políticas e personalidades de alto perfil.
No início de seu segundo mandato, Trump prometeu desclassificar documentos-chave do processo Epstein, mas as publicações acabaram trazendo apenas informações já conhecidas publicamente. Trump acusa os democratas de usar o que chama de "a farsa de Jeffrey Epstein" como estratégia para desviar a atenção dos resultados de seu governo.