
Países considerados 'hostis' tentam fechar acordos com a Rússia no G20, afirma assessor do Kremlin

Países classificados por Moscou como "não amigáveis" apresentaram, de forma reservada, propostas para ampliar a cooperação econômica durante a Cúpula do G20, afirmou neste domingo (23) o assessor do Kremlin Maksim Oreshkin, chefe da delegação russa no evento.

"Vários países que consideramos não amigáveis nos procuraram com propostas concretas de cooperação, sobre como melhorar as relações econômicas com a Rússia e implementar projetos conjuntos", disse Oreshkin em entrevista coletiva.
O encontro, realizado neste fim de semana em Joanesburgo, na África do Sul, reuniu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras lideranças das 20 maiores economias do mundo.
Ele acrescentou que não detalharia quais países apresentaram as propostas "para evitar que seus colegas se sintam ofendidos depois".
Segundo o assessor do Kremlin, que já atuou como ministro do Desenvolvimento Econômico da Rússia, discussões construtivas foram realizadas com diversas nações.
- Após a escalada do conflito na Ucrânia em 2022, muitos países ocidentais romperam ou reduziram significativamente a cooperação econômica com Moscou e impuseram sanções amplas ao país.
- Dados mostram que, desde então, a Rússia se adaptou às restrições e até se tornou mais resiliente por conta delas.
- Em 2022, Moscou incluiu dezenas de países ocidentais na lista de "Estados hostis", impondo restrições diplomáticas e exigências especiais para empresas dessas nações, mas tem ressaltado que considera "hostis" apenas os governos — e não os países em si.
