'O dinheiro deixará de ser relevante', diz Elon Musk

Os avanços na Inteligência artificial (IA) e na robótica podem tornar o trabalho uma opção, e não uma necessidade, em um prazo de cinco a dez anos, estimou nesta semana o bilionário Elon Musk.

Durante uma discussão à margem do Fórum de investimentos da Arábia Saudita, o magnata da tecnologia abordou a questão de como será o trabalho e o dinheiro no longo prazo, tomando como ponto de partida um período entre cinco e dez anos:

"Minha previsão é que o trabalho será opcional. Ou seja, será como praticar esportes ou jogar videogame ou algo parecido", disse, acrescentando que isso se assemelharia à opção de comprar legumes no supermercado ou cultivando-os no jardim.

"É muito mais difícil cultivar hortaliças na sua horta, mas algumas pessoas ainda o fazem porque gostam de fazer. É assim que o trabalho será: opcional", previu Musk, ressaltando, no entanto, que ainda "há muito trabalho a ser feito para chegar a esse ponto."

O magnata também previu que, devido ao desenvolvimento da IA, não haverá dinheiro no futuro:

"Minha hipótese é que, se esperarmos o suficiente, o dinheiro deixará de ser relevante em algum momento no futuro. Ainda haverá limitações em termos de energia, como eletricidade e massa; os elementos físicos fundamentais ainda serão limitações. Mas acho que, em algum momento, moeda não será mais relevante", sustentou Musk.

"Revolução por inteiro"

No mesmo fórum, Jensen Huang, CEO da Nvidia, disse ter certeza de que os empregos de todos serão "diferentes":

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"A forma como os alunos aprendem será diferente, e a forma como as pessoas fazem seu trabalho será diferente, obviamente, porque muitas das coisas que fazemos rotineiramente, arduamente ou muito difíceis serão feitas de um jeito muito simples", esclareceu, acrescentando que isso tornará a humanidade "mais produtiva". 

Produto mais importante da história

Musk afirmou ainda que, embora não existam robôs humanóides "úteis" no momento, sua empresa Tesla vai fabricá-los, em uma verdadeira ''revolução por inteiro''

"Claro, Todo mundo iria querer um, certo? (...) Então haveria muitos na indústria que ofereceriam produtos e serviços. É por isso que eu digo que os robôs humanóides serão o produto mais importante da história, mais do que celulares ou qualquer outra coisa, porque todo mundo vai querer um, ou talvez mais de um, e haverá muitos na indústria", disse.