Notícias

Secretário dos EUA se reúne com delegações de Kiev e da Europa para discutir acordo de paz

Na Suíça, Rubio vai se reunir com figuras como Andrey Yermak, envolvido no recente megaescândalo de corrupção no setor energético ucraniano.
Secretário dos EUA se reúne com delegações de Kiev e da Europa para discutir acordo de pazGettyimages.ru / Chip Somodevilla / Staff

O Secretário de Estado americano, Marco Rubio, irá se reunir neste domingo (23) com representantes ucranianos e europeus, em Genebra, Suíça, a fim de discutir o plano de paz de Washington para encerrar o conflito na Ucrânia.

Rubio é acompanhado pelo enviado especial de Trump, Steve Witkoff. A delegação americana se encontrará com altos funcionários do regime ucraniano, incluindo Andrey Yermak, chefe de gabinete de Zelensky, acusado no recente escândalo de corrupção no setor energético ucraniano, e Rustem Umerov, secretário de segurança nacional.

Segundo o periódico EuroNews, a União Europeia também participa das conversas, representada por Björn Seibert e Pedro Lourtie, chefes de gabinete da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do presidente do Conselho Europeu, António Costa, respectivamente. Além deles, conselheiros de segurança nacional da França, Reino Unido e Alemanha também participam das discussões.

Insatisfações

O encontro é atravessado pelaproposição de outro plano, elaborado pela União Europeia e alternativo àquele apresentado por Washington. De acordo com o periódico alemão Bild, os líderes europeus não estariam satisfeitos com o reconhecimento da província do Donbass como parte do território russo, além de contestarem a diminuição do exército ucraniano e a liberação do ativos russos congelados.

Em suas redes sociais, Marco Rubio abordou as críticas e alegações de que o plano teria sido elaborado à conveniência de Moscou, antes de embarcar em direção a Genebra.

"A proposta de paz foi elaborada pelos EUA. Ela é apresentada como uma estrutura sólida para as negociações em curso", escreve o secretário. "Ela se baseia em contribuições da Rússia, mas também em contribuições anteriores e atuais da Ucrânia".

O presidente americano Donald Trump afirmou a jornalistas no sábado (22) que o plano americano não é sua "oferta final", o que sinaliza para a possibilidade de apresentação de um novo texto ao final da reunião em Genebra.