Alto comando militar dos EUA deve viajar a Moscou para discutir plano de paz – The Guardian

Delegação já esteve em Kiev. Washington tenta fazer avançar a proposta com 28 pontos para encerrar o conflito entre Ucrânia e Rússia.

Uma delegação de altos comandantes militares dos Estados Unidos, liderada pelo secretário do Exército, Dan Driscoll, pode viajar a Moscou no fim do mês de novembro para discutir o novo plano de paz elaborado por Washington, informou o jornal britânico The Guardian na sexta-feira (21), citando fontes norte-americanas. O Kremlin ainda não comentou a possível visita.

O mesmo grupo esteve em Kiev na quinta-feira (20), onde se reuniu com o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, segundo informações publicadas pelo portal POLITICO.

A proposta em discussão circula desde a divulgação de seus 28 pontos pelo portal Axios. Entre eles, segundo a reportagem, estão:

O plano também abrange pontos territoriais e determina que o governo ucraniano "erradique o nazismo e a discriminação contra pessoas de língua russa".

Zelensky comentou pela primeira vez o conteúdo da iniciativa na sexta-feira (21). "Agora a Ucrânia pode enfrentar uma escolha muito difícil. Ou a perda de dignidade ou o risco de perder um parceiro chave", afirmou. Ele acrescentou: "Ou 28 pontos complicados ou um inverno extremamente duro".

Moscou confirmou ter recebido a proposta. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou na sexta-feira (21) que o texto "poderia definir as bases para um acordo de paz definitivo".

Segundo ele, o documento chegou "pelos canais habituais de comunicação com a administração norte-americana", mas ainda não foi discutido de forma substancial com o Kremlin.

"Imagino por quê. A razão, creio, é que a própria administração norte-americana não conseguiu até agora obter o consentimento da parte ucraniana. A Ucrânia se opõe", disse Putin, acrescentando que Kiev e aliados europeus "seguem iludidos com a ideia de infligir uma derrota estratégica à Rússia no campo de batalha".

Entenda detalhes do plano de Donald Trump para encerrar o conflito na Ucrânia em nosso artigo.