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Congresso dos EUA cobra depoimento presencial de Bill e Hillary Clinton sobre caso Epstein

Presidente do Comitê de Supervisão rejeita justificativas da defesa e marca depoimentos para dezembro.
Congresso dos EUA cobra depoimento presencial de Bill e Hillary Clinton sobre caso EpsteinTheo Wargo

O presidente do Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos, James Comer, ordenou que o ex-presidente Bill Clinton e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton cumpram as intimações que determinam seus depoimentos presenciais para a investigação do comitê sobre o caso de tráfico sexual envolvendo o falecido financista Jeffrey Epstein. As informações foram divulgadas pela imprensa local.

Com isso, Comer rejeita o pedido da defesa do casal, que buscava garantir que o depoimento fosse prestado por escrito.

"Considerando o histórico deles com Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell, qualquer tentativa dos Clinton de evitar prestar depoimento seria uma afronta a intimações legais e motivo para iniciar um processo por desacato ao Congresso", escreveu Comer em um comunicado reproduzido pelo canal Fox News.

Na avaliação de Comer, o argumento do advogado de que os Clinton tinham pouco a oferecer ao comitê em termos de novas informações, e que por isso não seria necessário um depoimento presencial, também não se sustenta.

O depoimento presencial de Bill Clinton está marcado para 17 de dezembro, e o de Hillary Clinton para 18 de dezembro.

Envolvimento de Clinton e Epstein

Anteriormente, o ex-presidente Bill Clinton admitiu publicamente ter viajado em um jato com Epstein, mas insistiu que nunca visitou a famosa ilha do financista.

Em julho, o Wall Street Journal informou que Clinton havia escrito uma carta pessoal para Epstein, que supostamente dizia: "É reconfortante, não é? Ter durado tanto, ao longo de todos esses anos de aprendizado e conhecimento, aventuras e [palavra ilegível], e também manter sua curiosidade infantil, o impulso de fazer a diferença e o consolo dos amigos".

Um porta-voz de Clinton se recusou a comentar a nota na época, afirmando que o ex-presidente havia rompido relações com Epstein muito antes de sua prisão em 2019 e que desconhecia seus supostos crimes.

  • Na quarta-feira (20), Trump assinou um projeto de lei que exige que o Departamento de Justiça divulgue os arquivos relacionados ao caso Epstein.
  • Em sua publicação, Trump sugeriu que com o decreto, "talvez a verdade sobre esses democratas, e suas associações com Jeffrey Epstein, seja revelada em breve", mencionando Bill Clinton entre vários outros.
  • A medida de Trump marcou uma mudança em relação à sua posição anterior. Durante meses, ele havia pressionado os republicanos da Câmara a bloquearem a divulgação dos arquivos, argumentando que os democratas queriam usar o material para prejudicar sua presidência.