
Líderes da UE criam texto alternativo ao plano de Trump para solucionar conflito na Ucrânia

Chefes de Estado e de governo da União Europeia enviaram a Washington um plano alternativo ao de Donald Trump para a resolução do conflito na Ucrânia. A informação foi divulgada neste sábado (22) pelo jornal alemão Der Spiegel.
Na publicação, o veículo afirma que aliados europeus do líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, se reuniram desde a noite sexta-feira (21) para trabalhar no novo rascunho, que revisa os 28 pontos apresentados pela Casa Branca. A reunião entre as autoridades aconteceu no âmbito da cúpula do G20, em Joanesburgo, na África do Sul.
De acordo com os participantes da reunião, o grupo concordou que o documento norte-americano serviria de base para futuras negociações e que as preocupações europeias também deveriam ser abordadas. Além disso, a União Europeia deveria decidir o que fazer com os ativos russos congelados por meio de negociações. No entanto, até o momento, afirma o jornal, apenas a Ucrânia recebeu oficialmente o novo texto.

Anteriormente neste sábado, o jornal Bild já havia relatado que aliados europeus do regime de Kiev não estão satisfeitos com as propostas de reconhecer a soberania russa sobre a Crimeia, Donbass e outros territórios.
De acordo com o veículo de imprensa, os líderes europeus veem com preocupação a diminuição do Exército ucraniano, as garantias de segurança e apontam para a necessidade de utilizar ativos russos congelados. Fontes afirmaram também que os participantes da elaboração do novo texto têm a intenção de discutir os novos pontos com os Estados Unidos.
No domingo (23), representantes de países europeus, da Ucrânia e dos EUA devem se reunir em Genebra, na Suíça, para discutir o plano do presidente norte-americano, Donald Trump, para a resolução do conflito entre Kiev e Moscou, afirmou o Bild. Para os europeus, existe expectativa de persuadir Washington a abandonar a atual postura em relação a Ucrânia.
O plano de Trump
Na quinta-feira (20), foram publicados 28 pontos do plano de paz do presidente norte-americano para o conflito ucraniano, que vinha sendo amplamente discutido na mídia há vários dias.
O plano prevê, entre outros pontos, novas eleições na Ucrânia, levantamento das sanções contra Moscou e proibição da expansão da OTAN.
Enquanto isso, a Bloomberg informou que os principais aliados europeus da Ucrânia alinharam-se ao líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, para rejeitar pontos-chave do plano.
Putin: 'Ucrânia e Europa vivem ilusão'
Na sexta-feira (21), o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que o plano para a resolução do conflito ucraniano proposto por Washington já foi discutido antes da reunião no Alasca, e que a Rússia está preparada para "mostrar a flexibilidade" que propõe.
Respondendo a uma pergunta antes da reunião do Conselho de Segurança, o presidente afirmou que, embora o plano não estivesse sendo discutido publicamente, ele foi apresentado "em termos gerais" antes da reunião no Alasca com seu homólogo americano, Donald Trump. Putin explicou que, durante essa discussão preliminar, o lado americano pediu ao lado russo que fizesse "certas concessões" e demonstrasse "flexibilidade".
❗️Ucrânia e Europa seguem vivendo em 'mundo de ilusão', diz Putin ao comentar plano de paz de Trump🇷🇺 Para o presidente russo, a postura europeia se deve "à falta de informação objetiva sobre a situação no campo de batalha". ➡️Mais detalhes: https://t.co/LlWDAUxquhpic.twitter.com/JgmKOmmcac
— RT Brasil (@rtnoticias_br) November 21, 2025
Saiba mais sobre o plano de paz de Trump para o conflito ucraniano em nosso artigo.

