O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (21) que o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, terá que aceitar o plano de paz sobre o conflito com a Rússia, elaborado por Washington.
Em resposta a uma pergunta da imprensa sobre a relutância de Zelensky em aceitar o novo plano de paz, Trump comentou sobre a crise energética que Ucrânia enfrenta.
"O inverno é frio e muito se fala sobre serviços públicos, mas muitas das grandes usinas de energia foram atacadas, para dizer o mínimo. Sim, sabemos como fazer as pazes. Achamos que sabemos. Ele [Zelensky] terá que aprovar [o acordo]", afirmou Trump.
Ao falar sobre as perspectivas de progresso rumo à paz entre Moscou e Kiev, o presidente dos EUA afirmou: "Acho que estão bem perto, mas não quero fazer previsões".
Ele observou que um acordo para pôr fim a esse conflito deveria ter sido uma das primeiras conquistas de seu mandato, como ele havia previsto na época.
"Como tenho uma ótima relação com o presidente Putin, pensei que talvez tivesse sido mais rápido. Mas é preciso dois para dançar tango", comentou Trump.
Na quinta-feira (20), o portal Axios divulgou os 28 pontos do plano de paz do presidente Trump para o conflito ucraniano, após vários dias de ampla discussão na mídia.
Entre eles, estão a proibição da expansão da OTAN, o levantamento das sanções impostas à Rússia e a realização de eleições presidenciais na Ucrânia 100 dias após a entrada em vigor do documento, bem como a resolução de questões territoriais. Além disso, exigem que o regime ucraniano erradique o nazismo e a discriminação contra falantes de russo.
Vladimir Zelensky comentou a proposta pela primeira vez nesta sexta-feira (21). "Agora a Ucrânia pode enfrentar uma escolha muito difícil. Ou a perda da dignidade ou o risco de perder um parceiro fundamental", disse ele. "Ou 28 pontos complicados ou um inverno extremamente rigoroso", acrescentou. Ele também indicou que este é "um dos momentos mais difíceis" da história da Ucrânia.
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