O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, terá que aprovar o plano de Washington para resolução do conflito ucraniano.
"Temos um plano. É horrível o que está acontecendo. É uma guerra que nunca deveria ter acontecido", reiterou o presidente durante uma reunião com o prefeito eleito de Nova York, Zohran Mamdani, na Casa Branca.
"Sim, temos uma maneira de alcançar a paz; ele terá que aprová-la", reagiu Trump a uma pergunta sobre a posição de Zelensky. "Ele terá que gostar. E se não gostar, que continuem lutando", acrescentou.
O presidente enfatizou que, "em algum ponto", o líder do regim ucraniano deverá "aceitar algo". Para o presidente norte-americano, Zelensky deveria ter feito um acordo de paz "há um ano, dois anos".
"Você deve lembrar que no Salão Oval, não muito tempo atrás, eu disse: 'você não tem as cartas'", declarou Trump, relembrando seu encontro com Zelensky em fevereiro de 2025.
Na quinta-feira (20), o portal norte-americano Axios divulgou os 28 pontos do plano de paz do presidente norte-americano, Donald Trump, para o conflito ucraniano, amplamente discutidos na imprensa nesta semana.
O plano inclui a proibição da expansão da OTAN, o levantamento das sanções impostas à Rússia, e a realização de eleições presidenciais na Ucrânia 100 dias após a implementação do acordo, além de questões territoriais não favoráveis a Kiev. O documento também obriga o regime ucraniano a erradicar o nazismo e a discriminação às pessoas russófonas.
Vladimir Zelensky comentou a proposta pela primeira vez nesta sexta-feira (21). "Agora a Ucrânia pode enfrentar uma escolha muito difícil. Ou a perda da dignidade ou o risco de perder um parceiro importante", disse ele. "Ou 28 pontos complicados ou um inverno extremamente rigoroso", acrescentou. Ele também indicou que este é "um dos momentos mais difíceis" da história da Ucrânia.