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Citando saúde debilitada, Bolsonaro pede a Moraes para ficar em prisão domiciliar

Prisão em regime fechado significa ''risco concreto à vida'' de Bolsonaro, segundo advogados do ex-presidente.
Citando saúde debilitada, Bolsonaro pede a Moraes para ficar em prisão domiciliarGettyimages.ru / Ton Molina

A defesa de Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma organização criminosa golpista, pediu nesta sexta-feira (21) que o ex-presidente cumpra a pena em regime domiciliar. Os advogados alegam que sua saúde está debilitada e afirmam que o regime fechado representaria ''risco concreto à vida''.

Segundo o portal g1, que teve acesso ao pedido apresentado pelos advogados do ex-mandatário, Bolsonaro ''é portador de hipertensão, apneia do sono e doença aterosclerótica; tem histórico de pneumonias aspirativas; enfrenta complicações decorrentes do atentado de 2018, incluindo sequelas abdominais e 'soluços incoercíveis'; foi diagnosticado em 2025 com câncer de pele e já precisou ir ao hospital três vezes desde o início da prisão domiciliar".

Ainda de acordo com o veículo, a defesa cita o precedente do ex-presidente Fernando Collor, a quem Alexandre de Moraes concedeu prisão domiciliar humanitária em maio deste ano. 

''A condenação no caso do golpe ainda não foi transita em julgado (ou seja, ainda está na fase de recursos e não foi concluída). Mas a fase de recursos deve acabar nos próximos dias, e Moraes, relator do caso, já poderia ordenar a prisão de Bolsonaro na cadeia'', esclarece o portal.

Bolsonaro na Papuda?

Neste mês, a Secretaria de Administração Penitenciária do governo do Distrito Federal abriu uma solicitação para verificar a "compatibilidade" do ex-presidente com eventual prisão no Complexo Penitenciário da Papuda. À época, Moraes considerou a demanda "não pertinente" e determinou sua retirada da ação penal que trata do núcleo principal da chamada "trama golpista".

O senador Flávio Bolsonaro reagiu às notícias com indignação:

"Essa farsa que foi capitaneada pelo Alexandre de Moraes ao longo de todo esse processo tem todas as nulidades, absurdos, atrocidades juntas em um único documento", afirmou. O parlamentar classificou a condução do caso como "uma insanidade" e disse que "o tempo vai reparar essa injustiça". Flávio também questionou a segurança e as condições de saúde do ex-presidente.