Na semana passada, instituições de monitoramento espacial alertaram que tempestades geomagnéticas afetariam o campo magnético da Terra, em um fenômeno que provocou auroras boreais incomuns ao longo do hemisfério norte do planeta.
As tempestades geomagnéticas acontecem quando o Sol libera muitas partículas carregadas, que viajam pelo espaço e chegam até a Terra. Publicação do eCycle indica que isso costuma ocorrer em períodos de maior atividade magnética solar, chamados de "máximo solar", que se repetem a cada 11 anos. Nesses momentos, fortes explosões e ventos solares se tornam mais comuns e provocam ejeções de massa coronal, que deixam o clima espacial mais agitado.
Quando essas partículas atingem o nosso planeta, podem causar vários problemas. Satélites podem parar de funcionar, sinais de rádio e telefonia podem falhar e até redes elétricas podem sofrer apagões — como aconteceu no Canadá em 1989.
A radiação liberada durante essas tempestades geralmente não afeta quem está na superfície da Terra, porque somos protegidos pela atmosfera e pelo campo magnético. Mas fora dessa proteção, como no espaço, a situação é diferente: astronautas e equipamentos podem ser expostos a níveis perigosos. Por isso, entender e acompanhar esse fenômeno é muito importante.
Para evitar danos maiores, várias instituições monitoram constantemente a atividade do Sol. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), por exemplo, usa satélites como o Soho para detectar sinais de explosões solares e prever a chegada das tempestades. Com esse aviso prévio, é possível proteger satélites, ajustar sistemas elétricos e garantir mais segurança para missões espaciais e equipamentos na Terra.