Uma equipe de pesquisadores da Rússia começou a desenvolver o primeiro código ético mundial para medicamentos que podem retardar o envelhecimento. O objetivo é promover um debate amplo com especialistas de várias áreas - ciência, direito, filosofia e política - tanto na Rússia quanto em outros países.
Vitaly Kovalev, da Universidade Médica de Volgogrado, explicou recentemente à imprensa local que o grande desafio não é apenas fazer as pessoas viverem mais, mas garantir que vivam bem. Ele alerta que, se as pessoas chegarem a viver 150 ou 200 anos sem ter qualidade de vida, podem enfrentar crises existenciais e problemas sociais.
"É improvável que alguém queira viver até os 150 anos se passar mais da metade desse tempo como um idoso frágil. A tarefa dos cientistas é tornar a longevidade ativa", disse.
Roman Litvinov, coautor do projeto, reforçou que a prioridade deve ser aumentar os anos de vida saudável, e não simplesmente prolongar a existência.
A iniciativa está alinhada com o Programa Russo de Pesquisas Fundamentais, buscando consolidar, até 2030, uma abordagem responsável e ética em relação ao desenvolvimento e aplicação de tecnologias de extensão da vida.