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Tensão entre China e Japão cresce: Ching-te provoca e Pequim lembra domínio colonial

Liderança de Taiwan publicou foto irônica em apoio a Tóquio, enquanto Pequim resgatou os crimes cometidos pelo Japão e relembrou a "página mais sombria da história" da província chinesa.
Tensão entre China e Japão cresce: Ching-te provoca e Pequim lembra domínio colonialRT

A tensão entre a China e o Japão vem crescendo cada vez mais desde o dia 7 de novembro, quando a nova premiê japonesa, Sanae Takachi, afirmou ao parlamento que Tóquio tomaria medidas no caso de um eventual deslocamento de forças militares chinesas em Taiwan.

As tensões se agravaram nesta quinta-feira (20), quando o líder taiwanês Lai Ching-te publicou nas redes sociais fotografias nas quais segura um prato de sushi, em um gesto de apoio ao Japão depois que a China anunciou a suspensão das importações de frutos do mar japoneses.

"O almoço de hoje é sushi e sopa de missô", lê-se na mensagem publicada nas redes sociais junto à foto de Lai sorrindo com um prato de sushi.

''Página mais sombria da história''

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, comentou a publicação de Lai Ching-te em coletiva nesta quinta-feira (20): "Seja qual for o espetáculo que as autoridades de Lai Ching-te montem, isso não muda o fato de que Taiwan é o Taiwan da China e é uma parte inalienável do território da China".

Na mesma ocasição, a porta-voz também fez um resgate histórico ao lembrar que "o Japão ocupou Taiwan à força e exerceu domínio colonial sobre a ilha por meio século".

"Durante a ocupação japonesa, o povo de Taiwan sofreu enormemente. Centenas de milhares de nossos compatriotas taiwaneses foram mortos, o povo não tinha direitos políticos, nem liberdade de crença religiosa ou liberdade cultural, e os recursos minerais e suprimentos essenciais de Taiwan foram amplamente saqueados. Os crimes e atrocidades cometidos pelos agressores japoneses em Taiwan foram incontáveis e constituem a página mais sombria da história de Taiwan", acrescentou.

  • Taiwan se autogoverna com uma administração própria desde 1949, enquanto Pequim a considera como uma parte irrenunciável de seu território, e a maioria dos países, incluindo Rússia e Brasil, reconhece a ilha como parte integral da República Popular da China.

  • Diante das declarações separatistas dos dirigentes taiwaneses, Pequim enfatiza que a ilha "nunca foi um país nem jamais será", já que "Taiwan é uma parte inalienável do território da China".