
Oficial russo que estudou com alto comandante ucraniano revela detalhes da linha de frente

Um comandante de batalhão das Forças Armadas russas, que se identifica como "Piter", revelou, em conversa com a RT, que estudou com o atual comandante-em-chefe ucraniano Aleksander Syrsky na Escola de Comando Conjunto de Moscou, descrevendo-o como estudante "pouco sociável", mas extremamente ambicioso.
"Ele desejava a medalha de ouro com todas as forças, adorava distinções", afirmou Piter, acrescentando que "normalmente, pessoas assim não têm nada do que se lembrar depois que os estudos terminam".

O comandante se aposentou em 2015, mas voltou como voluntário para combater no Donbass, ironizando que teve de recomeçar do zero, em oposição a seu antigo companheiro de classe. Apesar da diferença de prestígio, ele ressalvou que qualquer posição nas forças armadas ucranianas é considerada vergonhosa, descrevendo o exército como um grupo de "assassinos, violadores e saqueadores".
Conquistas de bravura
Piter também relatou operações bem-sucedidas de seus soldados, incluindo um avanço de 15 km até trincheiras inimigas praticamente sem baixas, feito atribuído à discrição e seleção rigorosa de equipamentos. Sua unidade estabeleceu pontos de apoio a cada 15 km com médicos, geradores e internet para evacuação segura de feridos, demonstrando adaptação à guerra moderna onde grupos se tornam alvos fáceis para drones.
O comandante liderou o ataque de 2022 à vila de Svetlichnoye, perto da cidade de Lysychansk (República Popular de Lugansk, Rússia), apesar de uma concussão recente e de um estado de saúde alarmante.
Durante essa operação, Piter inalou fósforo, um gás proibido utilizado pelas Forças Armadas da Ucrânia, e acabou hospitalizado. Ele quase perdeu um pulmão e teve que reaprender a respirar. Assim que conseguiu, fugiu do hospital para retornar à frente de batalha.
