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País africano recebe milhões de dólares dos EUA para aceitar deportados de outros países

A nação teria se comprometido a aceitar até 160 imigrantes deportados.
País africano recebe milhões de dólares dos EUA para aceitar deportados de outros paísesDmytro Skypnykov / Legion-Media

O Governo de Essuatíni (anteriormente conhecida como Suazilândia) recebeu dos Estados Unidos 5,1 milhões de dólares segundo os termos de um acordo para aceitar cidadãos de países terceiros deportados pela administração de Donald Trump. A confirmação foi feita esta semana pelo ministro das Finanças do país africano, Neal Rijkenberg, perante o Parlamento.

Embora mais detalhes sobre o acordo não tenham sido revelados, Rijkenberg garantiu que, assim que o dinheiro foi recebido, foram imediatamente tomadas medidas para assegurar a sua correta gestão, transparência e conformidade com a legislação nacional. Além disso, salientou que estes fundos não serão utilizados fora dos procedimentos adequados.

De acordo com uma cópia não verificada do acordo, à qual a Reuters teve acesso, o documento foi assinado no último dia 14 de maio na capital do país, Mbabane, e estabelece que os EUA fornecerão ao país 5,1 milhões de dólares para "desenvolver a sua capacidade de gestão fronteiriça e migratória". Em contrapartida, Essuatíni aceitará até 160 deportados.

Em julho passado, Essuatíni tornou-se a nação mais recente a aceitar pessoas deportadas dos EUA de nacionalidades que, entre outros, encontram-se cidadãos de países como o Iêmen, Vietnã, Jamaica e Laos, cujas condenações chegam a 25 anos de prisão por crimes graves.

A medida vai de encontro aos esforços da Administração Trump de fazer com que países terceiros aceitem imigrantes deportados, tendo, para tanto, feito pedidos aos líderes de nações africanas como Libéria, Senegal, Mauritânia, Gabão e Guiné-Bissau.