
Organização financiada por George Soros tenta 'derrubar' rede social de Elon Musk

A Open Society Foundations (OSF), organização filantrópica financiada pelo bilionário George Soros, forneceu no ano passado US$ 250 mil (cerca de R$ 1,3 milhão) ao Centro de Combate ao Ódio Digital (CCDH, pela sigla em inglês), uma organização britânica sem fins lucrativos acusada de censurar sites conservadores de notícias e empresas de redes sociais.
Embora o CCDH tenha criticado várias empresas de redes sociais ao longo de suas atividades, sua atenção tem se voltado particularmente ao X desde que o empresário Elon Musk comprou a plataforma, anteriormente conhecida como Twitter, em outubro de 2022. A informação de financiamento de Soros ao CCDH pode alimentar a tensão já presente entre as figuras.

Soros e Musk já estiveram em polos opostos do exercício de influência política. Em março deste ano, o jornal europeu Politico destacou a disputa de financiamento travada pelos dois em apoio a candidatos adversários nas eleições para a Suprema Corte do estado americano de Wisconsin, que terminaram com a vitória da candidata apoiada por George Soros, a juíza Susan Crawford.
Musk já acusou Soros de cometer "crimes contra a humanidade" e classificou o CCDH como uma "organização criminosa", prometendo processar os doadores do grupo por seus esforços para prejudicar as finanças do X.
Arbitragem de conteúdo digital
A organização britânica CCDH foi fundada em 2018, e tem o estrategista político Morgan McSweeney, que trabalha para o Partido Trabalhista do Reino Unido, como um de seus fundadores.
McSweeney atualmente trabalha como chefe de gabinete do primeiro-ministro britânico Keir Starmer. No ano passado, tornou-se pública a informação de que foram enviados aos Estados Unidos militantes voluntários do Partido Trabalhista em favor da campanha de Kamala Harris à presidência, contexto em que McSweeney foi acusado de assessorar a presidenciável e interferir diretamente com as eleições estrangeiras, como reportou o jornal britânico The Telegraph.
Segundo relatórios adquiridos pela agência Racket News, o CCDH fundado por McSweeney teria planos para derrubar a plataforma X, de Elon Musk, o que se demonstra pela priorização deste objetivo em várias das comunicações internas da organização durante o ano de 2024.
Anteriormente, outro dos fundadores da organização britânica, o estrategista Imrad Ahmed, já havia relatado em 2023 o comprometimento de suas atividades em oposição a Elon Musk:
"O CCDH tem estado na vanguarda da cobertura do discurso de ódio que se prolifera no X/Twitter desde que Musk concluiu a aquisição", apontou em um artigo publicado no periódico The Guardian, reiterando que a "organização está determinada a se opor a esse valentão do Vale do Silício".
A Open Society Foundations não foi a única organização polêmica a financiar as atividades do CCDH. Embora a organização não divulgue abertamente a lista de seus apoiadores, o periódico Free Beacon identificou que o Skoll Fund, do bilionário Jeffrey Skoll, contribuiu com US$ 415 mil (cerca de R$ 2,2 milhões) em 2024, enquanto a Silicon Valley Community Foundation, envolvida em escândalos divulgados pelo New York Times em 2018, enviou US$ 403 mil (cerca de R$ 2,15 milhões) à organização no ano de 2023.
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