O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente do país, Dmitry Medvedev, voltou a denunciar a situação política na Ucrânia, em particular, o escândalo de corrupção que abala o regime de Kiev.
"Há alguns dias, eu disse que o palhaço sanguinário de Kiev ainda tinha chances de se agarrar a um fiozinho do Ocidente, mas o abcesso que se formou na Europa vai, de qualquer forma, estourar", escreveu ele no Telegram nesta quarta-feira (19), recorrendo a metáforas médicas.
Medvedev destacou que a situação é grave: "Já não se trata simplesmente de abrir a supuração, mas da gangrena gasosa do poder extremista. Por conseguinte, terá de realizar uma autoamputação e cortar a parte podre do seu corpo. Caso contrário, todo o organismo deformado do palhaço sanguinário de Kiev terá uma morte iminente", afirmou.
Segundo o ex-presidente, "se a amputação for insuficiente, a decomposição pútrida vai continuar", o que levará a "morte do regime neonazista de Kiev". "Aliás, é para lá que ele deve ir", destacou Medvedev.
O ex-presidente também relacionou esse resultado com os avanços da Rússia no fronte da operação militar especial: "O melhor catalisador de sua inevitável e dolorosa morte são os sucessos de nossas Forças Armadas", disse.
"Mindichgate"
A Ucrânia foi recentemente abalada por um megaescândalo de corrupção envolvendo vários funcionários de alto escalão do governo e que continua a se desenrolar causando grande repercussão nos círculos políticos.
Em 11 de novembro, o NABU anunciou a prisão de cinco pessoas e a identificação de outros sete suspeitos em uma investigação sobre subornos que totalizam aproximadamente US$ 100 milhões no setor energético do país. Segundo o departamento, membros de "uma organização criminosa de alto nível" tentaram "influenciar empresas estratégicas do setor público", incluindo a empresa estatal de energia atômica Energoatom.
De acordo com a investigação, durante o conflito militar, os contratados da Energoatom foram forçados a pagar comissões ilegais entre 10% e 15% do valor do contrato sob ameaça de congelamento de pagamentos e a perda do status de fornecedores. Entre os potencialmente envolvidos está o empresário Timur Mindich, que supostamente orquestrou o esquema de corrupção.
Quem é Timur Mindich, aliado de Zelensky no centro do mais recente escândalo de corrupção na Ucrânia? Leia em nosso artigo.
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