Affeth Yesid Coronado Mendoza, colombiano de 28 anos, viajou para a Ucrânia para se alistar como mercenário do regime de Kiev, mas morreu pouco depois de entrar em combate, por ter recebido treinamento insuficiente.
Natural de Valledupar (Departamento de César), Coronado chegou ao país eslavo em 30 de setembro. Após apenas 20 a 30 dias de treinamento, foi enviado para a linha de frente, onde foi gravemente ferido por uma granada durante um ataque aéreo em 11 de novembro. Seu corpo permanece em uma área dominada pelos combates, tornando impossível recuperá-lo, segundo o jornal El Pilón.
Na Colômbia, Coronado trabalhava como pintor no aeroporto de Medellín e depois em Bogotá, de onde viajou para a Ucrânia, convicto da perspectiva de "ganhos financeiros significativos que ele sentia não conseguir alcançar aqui na Colômbia”, contou seu amigo Jesús Ríos à rádio Caracol.
No país eslavo, o jovem enfrentou condições extremas. "Nos disseram que, desde que se juntou à luta, ele não consegue comer nem beber água devido à situação crítica na região", comentou Ríos.
O caso de Coronado não é isolado. Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, citado pelo El Tiempo, pelo menos 64 colombianos que lutavam como mercenários nas fileiras do regime de Kiev foram mortos desde o início do conflito, e outros 122 estão desaparecidos.
- O presidente colombiano Gustavo Petro, que condenou repetidamente o envolvimento militar de seu país em conflitos estrangeiros, afirmou que "os ucranianos tratam os colombianos como uma raça inferior" e que mercenários estão sendo enviados ao país eslavo como "carne de canhão".
Enquanto isso, julgamentos continuam na Rússia contra mercenários de diversos países que lutam ao lado de Kiev, incluindo vários colombianos, alguns dos quais já foram condenados.