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China explica por que não apoiou resolução dos EUA sobre Gaza: 'vaga em questões-chave'

Pequim destacou a necessidade de respeitar princípios como "palestinos governando a Palestina" e a solução de dois Estados.
China explica por que não apoiou resolução dos EUA sobre Gaza: 'vaga em questões-chave'Gettyimages.ru / Jeff J Mitchell

Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, explicou nesta terça-feira (18) por que o país não votou a favor da resolução dos EUA aprovada no dia anterior pelo Conselho de Segurança da ONU, que prevê a presença de forças estrangeiras na Faixa de Gaza.

"A resolução redigida pelos Estados Unidos é vaga em questões-chave relacionadas aos arranjos pós-conflito em Gaza e não reflete plenamente princípios importantes, incluindo 'os palestinos governarem a Palestina' e a solução de dois Estados. Diante da diferença entre o projeto de resolução e a posição de longa data da China, o país não votou a favor da proposta", afirmou.

Na sequência, a representante prometeu que Pequim seguirá "apoiando a justa causa do povo palestino na restauração de seus legítimos direitos nacionais e fará esforços contínuos para uma solução completa, justa e duradoura da questão palestina".

Relembre

Na segunda-feira (17), o Conselho de Segurança da ONU aprovou, a proposta dos EUA para a implementação de uma "Força Internacional de Estabilização" na Faixa de Gaza, endossando o plano do presidente Donald Trump. 13 países votaram a favor da proposta, enquanto Rússia e China se abstiveram.

Segundo o texto aprovado, a força internacional será responsável por vigiar as fronteiras de Gaza, proteger civis, facilitar a assistência humanitária, apoiar o treinamento e a implantação de uma força policial palestina reconstituída, além de supervisionar o desarmamento permanente do Hamas e outros grupos armados palestinos.

A iniciativa também prevê a instituição do "Conselho da Paz", um mecanismo de governança transitória, para administrar a reconstrução do enclave palestino, utilizando fundos garantidos pelo Banco Mundial.