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Trump confirma que está 'aberto' a conversar com Maduro

Na véspera, o dignitário venezuelano garantiu que, se Washington quisesse dialogar com seu país, "conversaríamos cara a cara, sem nenhum problema".
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O presidente norte‑americano, Donald Trump, declarou que está "aberto" a conversar com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, após o último afirmar que também tem disposição para fazê‑lo, desde que Washington se comporte dentro dos limites impostos pelo direito internacional, nesta segunda-feira (17).

"Ele quer conversar [...]. Estou aberto a conversar com ele. Eu converso com todo mundo", afirmou Trump na Casa Branca, ao ser questionado sobre o assunto pelos jornalistas.

Em seguida, insistiu em alegações não comprovadas sobre o suposto maltrato que seu país teria recebido por parte da nação bolivariana, que, segundo ele, enviou "toda a sua população carcerária" e supostamente continua enviando drogas para os EUA.

"[Maduro] estava lidando com um presidente ruim [Joe Biden] e conseguiu o que queria. Agora acredito que temos as fronteiras mais seguras do mundo. Ninguém entra a menos que seja legalmente. Nós os deteremos", concluiu.

Entre a porta do diálogo e as ameaças

No domingo passado (16), Trump deixou escapar que "poderia" manter "algumas conversas" com Maduro e afirmou que Caracas "gostaria de conversar". Quando questionado sobre se os EUA poderiam atacar a Venezuela após designar um suposto cartel como organização terrorista estrangeira, ele respondeu: "Isso nos permite fazê-lo, mas não dissemos que vamos fazê-lo".

Na véspera, embora tenha reiterado que havia possibilidades de iniciar conversações com Maduro, ele não descartou a possibilidade de iniciar uma operação terrestre em solo venezuelano. "Não descarto nada. Só temos que nos ocupar da Venezuela", disse ele a esse respeito.

Em defesa da diplomacia

Entretanto, o líder venezuelano respondeu que Caracas está disposta ao diálogo e defendeu a diplomacia como a única via para encontrar soluções entre países soberanos. Na mesma linha, ressaltou que sua nação "tem uma posição inalterável, de respeito absoluto ao direito internacional", pelo que questiona "firmemente o uso da força ou a ameaça do uso da força para impô-las nas relações entre os países".

"Ratificamos que somente por meio da diplomacia os países livres e os governos devem se entender e somente por meio do diálogo devem se buscar pontos comuns de interesse mútuo. Essa é a nossa posição inabalável […]. O diálogo é o caminho para buscar a verdade e a paz, a paz não tem alternativa", declarou em seu programa Con Maduro+.