Sabotagem de ferrovia na Polônia foi causada por dois ucranianos, diz Donald Tusk

O primeiro-ministro classificou o episódio como "um ato de sabotagem sem precedentes que ameaça diretamente a segurança do Estado polonês e de seus cidadãos".

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, afirmou que os responsáveis pela sabotagem de uma linha férrea que conecta a Ucrânia ao território polonês são dois cidadãos ucranianos. As informações foram publicadas pela mídia local nesta terça-feira (18).

Tusk afirmou que os acusados "há muito operam e colaboram com os serviços russos", acusando Moscou de ser o planejador intelectual do ato. No entanto, o político não apresentou provas que sustentem suas alegações.

A sabotagem ocorreu no domingo (16), perto da capital polonesa, na linha ferroviária Varsóvia-Lublin. Tusk classificou o episódio como "um ato de sabotagem sem precedentes que ameaça diretamente a segurança do Estado polonês e de seus cidadãos".

"Após cometerem um ato de sabotagem na cidade de Mika, esses indivíduos deixaram o território polonês pela fronteira em Terespol. Isso ocorreu imediatamente após o ataque. Os serviços poloneses possuem todas as informações sobre esses indivíduos e suas imagens registradas", afirmou Tusk.

"Consequências muito severas"

Ao comentar o episódio, o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, afirmou que considera "notável" o fato de cidadãos ucranianos aparecerem novamente como autores de ações de sabotagem contra infraestruturas críticas. Ele acrescentou que, no Ocidente, existe o hábito de acusar Moscou de perpetrar "todas as manifestações de guerra híbrida e direta". 

Segundo Peskov, "eles estão confusos, se afogaram em um copo d'água. E se continuarem brincando com fogo, terão que enfrentar consequências muito severas".