Relações entre Rússia e China estão no 'melhor período de sua história', diz Putin

Em setembro, Moscou e Pequim firmaram 22 acordos de cooperação bilateral em diversas áreas, como saúde, IA, agricultura e ciência.

O presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro chinês Li Qiang se reuniram no Kremlin nesta terça-feira (18).

Putin expressou sua satisfação por se encontrar novamente com o chefe de governo chinês em Moscou e elogiou a estreita cooperação entre os dois países na Organização de Cooperação de Xangai (OCX).

O mandatário observou que a cooperação nesse formato está se tornando um dos pilares de uma ordem mundial multipolar, contribuindo para a integração dos países do Sul Global em sua esfera de influência e para a formação de um sistema de comércio internacional aberto e não discriminatório.

Putin também enfatizou que as relações entre Moscou e Pequim, que se baseiam em princípios de igualdade e não são dirigidas contra ninguém, estão em seu melhor momento histórico.

"Em relação à cooperação com o presidente Xi Jinping, tudo o que ele propõe é implementado. No ano passado, alcançamos recordes históricos no comércio bilateral em toda a história das relações entre nossos dois países", observou Putin.

Em setembro, Moscou e Pequim assinaram 22 documentos sobre cooperação bilateral em diversas áreas. Esses documentos abrangem colaboração em energia, aeroespacial, inteligência artificial, agricultura, saúde, ciência, educação e mídia.

Entre os documentos assinados, destacam-se: um memorando entre a russa Rosatom e a Agência Nacional de Energia Atômica da China para cooperação nuclear pacífica; um acordo entre a Gazprom e a Corporação Nacional de Petróleo e Gás da China (CNPC); e um memorando entre a Roscosmos e a Administração Espacial Nacional da China (CNSA), conforme detalhado pelo Kremlin.

Além disso, no início de novembro, o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, manteve diálogos com o presidente chinês, Xi Jinping, durante uma visita de trabalho ao gigante asiático com o objetivo de fortalecer as relações comerciais entre os dois países.

De acordo com a declaração conjunta divulgada após a reunião, as duas partes assinaram 15 documentos e concordaram em realizar a próxima reunião regular de chefes de governo em 2026.