O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, respondeu nesta segunda-feira (17) às declarações de seu homólogo norte-americano, Donald Trump, quem não descartou dialogar diretamente com autoridades da Venezuela.
"Acho que o mais poderoso que um verdadeiro líder político pode ter é a palavra. E a palavra escrita permanece para sempre", começou o presidente após ser questionado sobre o assunto por um jornalista, em referência à carta que enviou a Trump em setembro de 2025, na qual o alertava que ele estava sendo enganado "para justificar uma escalada para um conflito armado que causaria danos catastróficos a todo o continente".
Em seguida, o mandatário da Venezuela reiterou que seu país "tem uma posição inabalável de respeito absoluto ao direito internacional", pelo que questiona "firmemente o uso da força ou a ameaça do uso da força para impô-las nas relações entre os países". Ele ainda acrescentou que sua posição está vinculada ao disposto na Carta da ONU, na Constituição nacional e no que diz o povo venezuelano.
"Reafirmamos que somente por meio da diplomacia os países livres e os governos devem se entender, e somente por meio do diálogo devem-se buscar pontos comuns de interesse mútuo. Essa é a nossa posição inalterável […]. O diálogo é o caminho para buscar a verdade e a paz, a paz não tem alternativa", afirmou.
Nesse sentido, apontou que a alternativa à paz regional seria uma guerra que ninguém deseja. "A paz, o diálogo e a diplomacia não têm alternativa, todo o resto é um abismo sem fim. As guerras eternas são um abismo sem fim, são base de destruição e morte, como foi no Vietnã, no Afeganistão, no Iraque e por aí vai”, enfatizou.