Petro tornará pública toda a sua 'vida financeira' após ser sancionado pelos EUA

O presidente colombiano também comunicou que Bogotá avança na produção de equipamentos militares nacionais, buscando diminuir a dependência de suas Forças Armadas.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou nesta segunda-feira (17) que tornará pública toda a sua "vida financeira" após ter sido incluído na chamada "Lista Clinton", mantida pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), do Departamento do Tesouro dos EUA.

"Considerando a grosseria do presidente Trump ao incluir a mim e à minha família na Lista Clinton, mesmo que nenhum de nós seja traficante de drogas ou tenha qualquer relação com traficantes, decidi tornar público todo o meu histórico financeiro, longo, porém frugal", escreveu Petro em sua conta no Twitter, respondendo às acusações sem provas.

A lista de sancionados por Washington também inclui Nicolas Fernando Petro Burgos, filho mais velho do presidente; Verônica Alcocer, primeira-dama; e o ministro do Interior, Armando Benedetti.

Petro solicitou à Unidade de Informação e Análise Financeira (UIAF) que publique seus registros "desde a criação dessa entidade" em 1999.

Armamento independente

O chefe de Estado também comunicou que está avançando o programa para "tornar o armamento da Força Pública independente", assegurando que um novo documento sobre o tema será assinado, sendo autorizado pelo Conselho Nacional de Política Econômica e Social (Conpes), órgão máximo de coordenação da política econômica e social da Colômbia.

Segundo Petro, "a ênfase será na produção de armamentos na Colômbia, na produção pública de veículos blindados, drones e sistemas antidrone, além de equipamentos aéreos, fluviais e terrestres para o transporte rápido e em massa de tropas".

Em setembro, o presidente já havia declarado que, após o abandono da Colômbia pelos EUA na luta contra o narcotráfico, a dependência das Forças Armadas do armamento norte-americano chegaria ao fim.