O presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (17) que "não descarta nada" ao ser questionado sobre a possibilidade de uma operação terrestre na Venezuela.
Na ocasião, Trump também afirmou que pode conversar com o presidente Nicolás Maduro: "Provavelmente falarei com Maduro, eu conversaria com todo mundo".
Agressões dos EUA
Desde agosto, Washington deslocou para áreas próximas à costa venezuelana navios de guerra, um submarino, aviões de combate e tropas, sob o argumento de combater o narcotráfico. As forças dos EUA realizaram bombardeios contra embarcações que classificaram como "narcolanchas" no Caribe e no Pacífico, resultando em dezenas de mortes e duras críticas da comunidade internacional.
Paralelamente, o governo norte-americano acusou Maduro — sem apresentar provas — de liderar um suposto cartel de narcotráfico. A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, duplicou o valor da recompensa por informações que levem à sua captura.
Em outubro, Trump admitiu ter autorizado a CIA a conduzir operações encobertas no território venezuelano. Maduro reagiu questionando: "Alguém acredita que a CIA não opera na Venezuela há 60 anos? Que não conspira contra Chávez e contra mim há 26 anos?".
O governo venezuelano classifica as acusações americanas como infundadas e denunciam ameaças à soberania, enquanto Maduro afirma que o objetivo real dos EUA é promover uma "mudança de regime" para controlar as reservas de petróleo e gás do país.
Enquanto isso, o secretário do Exército dos EUA, Daniel Driscoll, afirmou em entrevista recente que as tropas estão "preparadas" para atuar na Venezuela caso recebam ordem.