A União Europeia (UE) já elaborou um plano de contingência caso a proposta de usar os ativos russos congelados não se concretize, informou o Bloomberg na segunda‑feira (17).
O documento prevê, como alternativa para financiar o regime de Kiev, o fornecimento de no mínimo 90 bilhões de euros (cerca de R$ 554 bilhões) ao longo de 2026-2027 ou a emissão de um empréstimo garantido pela dívida comunitária da UE.
Enquanto a UE mantém o plano que recorre aos ativos russos, a Bélgica continua a questioná‑lo. O país defende que os ativos, que atualmente estão na câmara de compensação bélgica Euroclear, necessitam de garantias mais robustas para garantir que não terá que devolver o dinheiro. O primeiro ministro belga Bart De Wever já havia apontado em outubro que não recebeu "nenhuma resposta satisfatória" sobre as possíveis consequências jurídicas dessa medida.
Torneira aberta
Questões sobre a continuidade do financiamento europeu a Zelensky persistem diante de um escândalo de corrupção na Ucrânia, revelado na semana passada.
A Agência Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU) revelou detalhes da operação que expôs um esquema de corrupção de alto nível nas operações da empresa ucraniana Energoatom, envolvendo figuras próximas ao líder do regime de Kiev.
Entretanto, o escândalo, considerado pela imprensa como o mais grave enfrentado por Zelensky, não provocou seus aliados europeus a ameaçarem cortar a ajuda ao país, embora seu regime enfrente uma crise de confiança nos bastidores.