'Podemos ter algumas conversas com Maduro', diz Trump

Presidente dos Estados Unidos afirmou que o governo venezuelano "gostaria de conversar".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que Washington não possui novas informações sobre a situação na venezuela, mas que pode iniciar negociações com o presidente venezuelano Nicolás Maduro. A declaração foi dada neste domingo (16) durante uma conversa com jornalistas.

"É possível que tenhamos algumas conversas com Maduro e veremos como elas se desenrolam. Eles [venezuelanos] gostariam de conversar", afirmou o presidente.

Em resposta a uma pergunta sobre se os Estados Unidos poderiam atacar a Venezuela após a designação de um cartel ligado a Maduro, Trump respondeu: "Isso nos permite fazê-lo, mas não dissemos que vamos fazê-lo."

Maduro denuncia ameaça de invasão

No início de novembro, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, denunciou a atual presença militar dos EUA no Caribe, a maior em décadas, classificando a ação como uma ameaça de invasão e um ataque à soberania da Venezuela. Maduro afirmou que o objetivo final dessa agressão é controlar os vastos recursos naturais do país. Em um encontro com jovens, o mandatário pediu que expressem seu apoio à ideia de que "a república deve ser livre e independente para sempre" e que a juventude "deve ser rebelde".

O presidente também alertou para o "ressurgimento" da Doutrina Monroe, que, segundo ele, visa forçar uma "mudança de regime" na região. Maduro criticou o deslocamento militar no Mar do Caribe, que inclui "porta-aviões de última geração, destróieres de mísseis e submarinos nucleares", argumentando que ele está sendo realizado sob o falso pretexto de eufemismos como "segurança" ou "combate ao narcotráfico".

Em resposta, Maduro exaltou "a Doutrina Bolivariana em defesa da independência, unidade e emancipação de nossos povos" e instou os líderes latino-americanos a se unirem para "exigir a cessação imediata dos ataques e ameaças militares".

Cronologia dos ataques