
Venezuela denuncia operação dos EUA no Caribe e alerta para nova escalada belicista

O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) publicou na sexta-feira (14) um comunicado oficial condenando o que descreve como uma escalada belicista dos Estados Unidos na região do Caribe.
Assinado por Tania Valentina Díaz González, vice-presidenta de Assuntos Internacionais da sigla, o documento faz um apelo a partidos e movimentos de todo o mundo para resistirem, de forma coordenada, ao que chamou de "operação de guerra psicológica" lançada por Washington sob o nome de "Operação Lança do Sul"

A nota acusa os Estados Unidos de promover ações que visam provocar instabilidade e fomentar conflitos violentos na América Latina e no Caribe. Segundo o PSUV, a operação tem caráter estratégico, com intenções explícitas de transformar a Venezuela em uma plataforma de entrada para uma nova política de dominação que o partido descreve como "aberta e descaradamente colonialista".
"Estados Unidos pretende converter a Venezuela na porta de entrada de sua nova estratégia de dominação", afirma o texto. O PSUV sustenta que as ações estadunidenses buscam forçar o início de um conflito armado em território venezuelano, com possíveis desdobramentos para outros países da região que contrariem os interesses de Washington.
O comunicado também questiona o papel geopolítico dos Estados Unidos em outras regiões do mundo, como o Oriente Médio. Fazendo referência à Faixa de Gaza, o PSUV critica a "extermínio de forma brutal de famílias e crianças", e associa essa prática ao que chamou de normalização de bombardeios e assassinatos seletivos em países latino-americanos.
"Realmente acreditam que somos seu quintal?", questiona o documento, ao denunciar o que considera ser uma política externa agressiva, motivada pela tentativa de exportar para o sul os custos da crise econômica e política norte-americana.
A legenda governista reitera ainda o direito à paz e à soberania da Venezuela, e convoca "pares, amigos e toda a solidariedade internacional" a se mobilizarem de forma "criativa e audaz" contra as ameaças externas.
Por fim, o comunicado conclama à união global contra o "novo colonialismo, fascista e supremacista", e assegura que o país está pronto para enfrentar o que chamou de uma "grande vitória da Humanidade".
