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"É uma questão continental": Argentina estaria disposta a enviar ajuda militar ao Equador

A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, disse que o tráfico de drogas é um problema "continental", portanto, o que acontece em outros países latino-americanos tem repercussões na Argentina.
"É uma questão continental": Argentina estaria disposta a enviar ajuda militar ao EquadorGettyimages.ru / Marcelo Endelli

Buenos Aires estaria disposta a enviar ajuda militar ao Equador em face da crise de segurança que o país vem sofrendo desde terça-feira, após uma série de ataques do crime organizado, disse a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich.

"Estamos prontos para ajudá-los e enviar forças de segurança, se necessário, para ajudar o Equador", disse Bullrich. "Trata-se de uma questão continental. O que acontece no Equador, na Colômbia, no Peru e na Bolívia influencia a Argentina. Temos que nos proteger disso como país e como continente", enfatizou ela.

Bullrich também destacou que há oito anos, quando ocupava o mesmo cargo no Governo do presidente Mauricio Macri, o Equador tinha uma porcentagem menor de mortes do que a Argentina. No entanto, de acordo com a ministra, a situação atual mudou e agora as autoridades equatorianas "perderam o controle do território".

"O Equador passou de um país pacífico com uma baixa taxa de homicídios para um país tomado pelo narcoterrorismo. Não devemos recuar contra as máfias: devemos combatê-las dia após dia para impor o peso da lei e a força do Estado para proteger os cidadãos", escreveu a política em sua conta no X (antigo Twitter).

"Todo o nosso apoio ao presidente Noboa. Força, Equador", acrescentou.

  • O Equador está aterrorizado há dois dias. Depois que o presidente do país, Daniel Noboa, decretou estado de emergência e toque de recolher, na segunda-feira houve sequestros de policiais, incêndios de carros e outros ataques; mas a violência não parou e na terça-feira houve mais ações criminosas.

  • Nesta terça-feira, pessoas encapuzadas e armadas tomaram as instalações do canal TC Television em Guayaquil. Mais tarde, as autoridades informaram a captura dos responsáveis. Além disso, em resposta à situação no Equador, Noboa emitiu um decreto reconhecendo a existência de um "conflito armado interno".