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Maduro afirma que ofensiva dos Estados Unidos 'é contra toda a América'

O mandatário venezuelano pontuou que postura dos EUA demonstra desprezo pelo direito internacional público.
Maduro afirma que ofensiva dos Estados Unidos 'é contra toda a América'Gettyimages.ru / Jesus Vargas/picture alliance

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira (14) que a agressão que os Estados Unidos estão realizando neste momento "é contra toda a América” e "contra toda a humanidade".

"É precisamente o desprezo pelo direito internacional público, pelo direito internacional humanitário, o desprezo pelos povos e pela vida dos povos do mundo, que as correntes extremistas da direita nazista fascista têm quando tomam o poder", afirmou o mandatário venezuelano em um encontro com juristas, em Caracas.

Maduro enfatizou que "o ressurgimento dos piores sentimentos imperialistas e colonialistas nos Estados Unidos hoje é contra os povos das Américas".

"Não é contra Maduro, não, não é nem mesmo contra a Venezuela, é contra todas as Américas, e se é contra todas as Américas, essa ofensiva de violação dos direitos humanos e do direito internacional é contra toda a humanidade". 

O chefe de Estado venezuelano salientou que os primeiros a estarem cientes desta situação são os próprios americanos, uma vez que são eles que têm de ir à guerra.

A este respeito, recordou as operações militares dos EUA no Vietnam, Afeganistão, Iraque, Líbia e outros países, onde as tropas do Pentágono destruíram e devastaram populações, além de desencadearem crises políticas e sociais.

Anteriormente, o presidente venezuelano afirmou que, diante da constante agressão "do imperialismo" contra toda a região, os povos da América Latina e do Caribe devem "cultivar a consciência e a rebeldia permanente" para "erradicar a Idade das Trevas" e garantir que "o fascismo nazista jamais retorne, que desapareça".

Maduro também acrescentou que é necessário conscientizar a juventude norte-americana e alertou que sabe que o povo americano não quer guerra no mundo, muito menos nas Américas.

"Não podemos permitir que uma corrente militarista colonialista surja e se imponha, vindo matar inocentes em nossa América", declarou o presidente, após relembrar o feito da União Soviética ao "quebrar a espinha dorsal do exército nazista em Berlim".