Egito se juntará ao processo da África do Sul contra Israel na CIJ por genocídio
O Egito comunicou que se juntará formalmente ao processo movido pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando Israel de violar suas obrigações sob a Convenção de Genocídio com suas ações na Faixa de Gaza.
Em um comunicado divulgado no domingo, o Ministério das Relações Exteriores do Egito disse que as medidas se devem à escalada da agressão israelense contra civis palestinos. De acordo com a agência, o país judeu está "empurrando os palestinos para o deslocamento fora de suas terras, causando uma crise humanitária sem precedentes" e levando a condições "inviáveis" no enclave palestino, em violação "flagrante" do direito internacional.
Nesse sentido, o Cairo exigiu a necessidade de ação imediata sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza e as operações militares na cidade palestina de Rafah.
O país africano apresentou sua solicitação para iniciar um processo contra Israel perante a CIJ no final de dezembro. Por enquanto, o Egito é um dos principais mediadores do conflito armado.
Em 1978, o Egito tornou-se a primeira nação árabe a reconhecer oficialmente Israel e a concluir um acordo de paz com o país. Os Acordos de Camp David garantiram uma paz duradoura entre Tel Aviv e Cairo no Oriente Médio. No entanto, em fevereiro deste ano, foi relatado que o Egito está considerando suspender o tratado se Israel atacar Rafah.