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"Isso se chama genocídio": Petro e Netanyahu trocam acusações duras
Horas antes, o primeiro-ministro de Israel descreveu o presidente colombiano como um "apoiador antissemita do Hamas".
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, respondeu no sábado aos comentários que lhe foram dirigidos horas antes pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que não hesitou em descrevê-lo como um "apoiador antissemita do Hamas" por ter solicitado ao Tribunal Penal Internacional que emitisse um mandado de prisão contra ele pelas ações do exército israelense em Gaza.
Los semitas no deben ser artífices de un genocidio porque lo sufrieron. Igual que es inadmisible el genocidio del pueblo judío en la Europa Nazi, lo es el actual genocidio contra el pueblo palestino. No soy partidario de Hamás, porque soy partidario de la democracia… https://t.co/xNG7tL8uQr
— Gustavo Petro (@petrogustavo) May 11, 2024
"Os semitas não devem ser arquitetos do genocídio, porque eles o sofreram", escreveu Petro em sua conta no X, enfatizando que "o genocídio do povo judeu na Europa nazista" é tão "inadmissível" quanto "o atual genocídio contra o povo palestino".
"Não sou partidário do Hamas, porque sou partidário da democracia republicana, plebeia e secular", continuou o presidente latino-americano, acrescentando que esses mesmos princípios o levam a "rejeitar a barbárie cometida por Netanyahu, que é chamada de genocídio e anti-humanidade".
"Nem antissemita nem anti-humano. Se Gaza morrer, a humanidade morre", concluiu.
Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, através de um comunicado à imprensa, exigiu respeito ao presidente do país e rejeitou as "falsas acusações" de Netanyahu. "A luta do presidente Petro pela vida, paz e justiça vai além de nossas fronteiras, assim como seu apoio ao multilateralismo para preservar a coexistência das nações e evitar a guerra", diz a mensagem.
A organização também enfatizou que a Colômbia "não simpatiza" com o Hamas e "condena veementemente sua violência", enquanto acusa o líder israelense de "deturpar" a exigência de respeito à lei internacional "como apoio ao terrorismo ou ao antissemitismo".
"Apoiador antissemita do Hamas"
Horas antes, Netanyahu havia escrito em sua conta no X: "Israel não receberá sermão de um apoiador antissemita do Hamas: uma organização terrorista genocida que massacrou, estuprou, mutilou e queimou vivos 1.800 pessoas inocentes no 7 de outubro. O senhor deveria ter vergonha de si mesmo, Presidente Petro".
Israel tem sido um aliado histórico da Colômbia, principalmente em termos de segurança, comércio, cooperação militar e venda de armas. Entretanto, na semana passada, o governo colombiano tomou a decisão de romper relações diplomáticas com o país judeu devido às agressões de Tel Aviv contra a população palestina em Gaza.