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'Tornar Argentina grande de novo': Milei comenta acordo comercial com EUA

Recebido como uma "grande notícia", o acordo firmou uma agenda de cooperação e suspendeu tarifas recíprocas em concessão de uma agenda de reformas na Argentina.
'Tornar Argentina grande de novo': Milei comenta acordo comercial com EUAGettyimages.ru / Alexander Tamargo

O presidente argentino, Javier Milei, comemorou na quinta-feira (13) o acordo comercial e de investimentos alcançado entre a Argentina e os Estados Unidos, anunciado oficialmente pela Casa Branca no mesmo dia.

Discursando no Congresso de Economia Regional da Fundação Club de la Libertad, em Corrientes, o presidente comentou o que chamou de "grande notícia", afirmando que está "fortemente comprometido em tornar a Argentina grande de novo".

Milei também afirmou que seu país está preparado para "entrar em um novo século de ouro", com oportunidades em setores como mineração, lítio, petróleo e gás.

"Livre comércio, iniciativa privada e mercados abertos"

O anúncio do acordo de cooperação foi feito horas antes pela Casa Branca, afirmando uma "visão comum em favor do livre comércio, da iniciativa privada e de mercados abertos."

O documento visa eliminar barreiras comerciais, reforçar a proteção à propriedade intelectual e facilitar o intercâmbio de bens tecnológicos e agrícolas.

A remoção de tarifas recíprocas sobre recursos estratégicos foi atribuída pelo governo americano como um reconhecimento às concessões argentinas para uma agenda de reforma.

O governo argentino se comprometeu a privilegiar importações americanas e acatar as regulamentações técnicas dos Estados Unidos para os produtos importados, dispensando formalidades consulares nas transações. Também pactou facilitar o comércio digital pelo reconhecimento da lei americana para transferência de dados pessoais e admissão de assinaturas eletrônicas, "abstendo-se de discriminação" contra serviços ou produtos digitais dos Estados Unidos.

A Argentina ainda se comprometeu a enfrentar "distorções" de empresas estatais e a "combater os subsídios industriais que possam impactar a relação comercial bilateral".