Cientistas alertam para tempestades solares poderosas que afetarão campo magnético da Terra

Fenômenos geomagnéticos, que tingiram os céus do hemisfério norte do planeta nessa semana, podem chegar aos níveis mais altos em décadas e afetar serviços de satélite e GPS.

O Serviço Geológico Britânico (BGS) alertou na quarta-feira (12) que as tempestades geomagnéticas reportadas nessa semana continuarão a afetar o campo magnético da Terra, após o impacto de uma nova Ejeção de Massa Coronal (EMC) -uma expulsão de plasma da atmosfera externa do Sol.

A instituição alterou sua previsão para o nível de intensidade mais alto, antecipando um segundo impacto, que pode chegar aos maiores níveis em 20 anos.

Impacto magnético

Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), essa última EMC está ligada à erupção solar de classe X5.1 registrada na terça-feira (11), que aumentou a probabilidade de tempestades geomagnéticas extremas. Essas tempestades dependem em grande parte da orientação do campo magnético da Terra.

Segundo a NOAA, a alta velocidade do vento solar e os períodos de orientação favorável do campo magnético inicialmente intensificaram as tempestades geomagnéticas para os níveis G1 e G3 (de leves a fortes). Já na quarta-feira (12) foram registradas tempestades G4 (severas), o que levou a um alerta a operadores de infraestruturas críticas, e a avaliação do BGS classificou sua previsão como G5, o nível mais alto na escala.

Ambas as instituições de monitoramento advertiram que algumas tecnologias na Terra podem ser afetadas - enfatizando os efeitos sobre controles de voltagem, operações de satélite e navegação por GPS.

A intensidade magnética da EMC aumentou a atividade boreal nos últimos dias, levando a fenômenos incomuns em parte do hemisfério norte do planeta. O Laboratório de Astronomia Solar do Instituto Russo de Pesquisa Espacial observou que algumas das auroras mais poderosas da década foram observadas e que ainda são visíveis a partir de 45 graus de latitude.