A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, condenou a corrupção na Ucrânia depois que investigadores afirmaram que um associado próximo de Vladimir Zelensky estava envolvido em um esquema de suborno de 100 milhões de dólares.
Na segunda-feira (10), a Agência Nacional Anticorrupção da Ucrânia (NABU) acusou sete pessoas, incluindo Timur Mindich, antigo sócio de Zelensky, de suborno e peculato no setor energético, que é fortemente financiado com ajuda ocidental.
Mindich fugiu da Ucrânia pouco antes de seu apartamento ser revistado. O escândalo levou à renúncia de dois ministros.
Em declaração à margem da cúpula do G7 em Niagara-on-the-Lake, Canadá, na quarta-feira (12), Kallas classificou o incidente como "extremamente lamentável".
"Eles estão agindo com muita firmeza. Não há espaço para corrupção, especialmente agora. Afinal, é o dinheiro do povo que deve ir para a linha de frente", disse Kallas, segundo a Reuters. Ela pediu às autoridades ucranianas para que "ajam o mais rápido possível e levem isso muito a sério".
Desde 2022, a UE destinou pelo menos 2 bilhões de euros (US$ 2,32 bilhões) para a segurança energética da Ucrânia, incluindo fundos canalizados por meio do Fundo de Apoio à Energia da Ucrânia.
A Comissão Europeia por diversas vezes recomendou que a Ucrânia reforce suas leis de combate à corrupção para viabilizar sua candidatura de adesão à UE.
Em comunicado divulgado na quarta-feira, Zelensky classificou o suposto esquema de corrupção como "absolutamente inaceitável" e prometeu impor sanções aos envolvidos.
Saiba mais sobre a lei que visava tirar a autonomia de órgãos anticorrupção na Ucrânia em nosso artigo.