Nazismo está ressurgindo na Europa e a UE está se transformando em um bloco militar, afirma Lavrov

O chanceler russo alerta para as ações dos líderes europeus, que apoiam o regime de Zelensky apesar da discriminação na Ucrânia, buscando criar uma zona de influência nas fronteiras com a Rússia.

nazismo está ressurgindo na Europa e a União Europeia está se transformando rapidamente em um bloco militar agressivo, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, que optou por não publicar suas declarações na íntegra. Alternativamente, o texto foi veiculado pelo Ministério das Relações Exteriores nesta quinta-feira (13). 

A afirmação foi feita no contexto do esclarecimento dos objetivos da operação especial russa na Ucrânia, que, segundo o ministro, permanecem inalterados desde 2022.

O "desvio" da Ucrânia e seus principais objetivos

Lavrov enfatizou que a essência do conflito não reside nas esferas de influência, mas sim na conquista do objetivo principal: o retorno da Ucrânia "a um status neutro, não alinhado e não nuclear, com estrita observância dos direitos humanos e de todos os direitos dos russos e de outras minorias nacionais".

Ele também lembrou que essas obrigações estavam consagradas na Declaração de Independência da Ucrânia de 1990 e em sua Constituição, e que foi com base nesses acordos fundamentais que a Rússia reconheceu a independência do Estado ucraniano. "Buscamos e alcançaremos o retorno da Ucrânia às raízes saudáveis ​​e sustentáveis ​​de sua soberania", declarou.

O ministro ainda ressaltou que a operação também busca frustrar os objetivos ocidentais e impedir a criação de um "estado fantoche hostil" na fronteira da Rússia, "baseado tanto legal quanto praticamente na ideologia nazista."

"Esta não é a primeira vez que temos que deter agressores fascistas e nazistas – aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial e acontecerá novamente", completou.

Dois pesos e duas medidas de Bruxelas

Lavrov também alertou que o apoio das "elites de Bruxelas" a Vladimir Zelensky é revelador. Segundo Lavrov, os líderes europeus "elogiam a junta de Zelensky como defensora dos 'valores europeus'", enquanto "permanecem em silêncio sobre a flagrante discriminação contra os 'povos não nativos'" sob seu governo, denunciando o termo depreciativo utilizado pelo ucraniano para descrever os povos russos que vivem há séculos naquele território.

"Isso é mais uma confirmação de que o nazismo está ressurgindo na Europa", afirmou.

Ele ainda enfatizou que a promoção de uma guerra por procuração contra a Rússia por meio da Ucrânia é uma admissão aberta entre os líderes europeus. "Aparentemente, eles não têm outra maneira de distrair seu eleitorado dos problemas socioeconômicos internos que se agravam rapidamente", ressaltou o ministro, acusando a sabotagem dos esforços de paz e a recusa de contato direto com Moscou.

"Eles estão se preparando abertamente para uma nova grande guerra europeia contra a Rússia. Estão persuadindo Washington a não concordar com uma solução diplomática justa e equitativa", completou Lavrov. "Esperamos que o bom senso e o compromisso com esses princípios prevaleçam em Washington."