Os Estados Unidos praticamente esgotaram sua capacidade de impor sanções contra a Rússia, declarou o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na quarta-feira (12).
"Não temos muito mais o que sancionar", disse Rubio. [...] "Mas, sabe, não sei o que mais pode ser feito. Estamos ficando sem opções de sanções nesse sentido", acrescentou.
Rubio explicou que seu país já impôs restrições às maiores empresas petrolíferas russas, "que é o que todos vêm pedindo", embora tenha esclarecido que "levará algum tempo para começarmos a sentir os efeitos".
Segundo ele, são os países europeus que devem fiscalizar o cumprimento das sanções.
- A União Europeia adotou o 19º pacote de sanções contra a Rússia em 23 de outubro, visando bancos russos, serviços de câmbio de criptomoedas e entidades na Índia e na China, entre outros. A medida foi aprovada um dia depois de os Estados Unidos anunciarem sanções contra duas gigantes petrolíferas russas, Lukoil e Rosneft, em um esforço para aumentar a pressão sobre Moscou para que esta avance em direção a uma resolução do conflito ucraniano.
- Moscou tem afirmado repetidamente que os próprios países que recorrem a medidas anti-Rússia sofrem as consequências.
- Em junho passado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou que impor mais sanções à Rússia era "uma faca de dois gumes". "Quanto mais severo o pacote de sanções, que consideramos ilegal, mais severo o golpe no ombro, como um tiro", disse ele. Acrescentou ainda que a Rússia só pode ser convidada à mesa de negociações "com lógica e argumentos" e não "por meio de qualquer tipo de pressão ou força".