Soldados do regime de Kiev se rendem e denunciam ordens para atirar em civis

Militares capturados em Kupiansk relataram abandono por comandantes e falta de suprimentos no front.

Soldados do regime de Kiev que se renderam ao Exército russo nas proximidades de Kupiansk, na região de Kharkov, denunciaram que receberam ordens para atirar em civis.

Em vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa da Rússia, os dois militares afirmaram que não obedeceram aos comandos e se entregaram voluntariamente após serem abandonados por seus superiores.

"Nossa tarefa era cavar trincheiras e manter a posição. E havia civis lá também. Quando eles saíram, [o comando] nos disse para não deixá-los [os civis] chegarem até nós. Nós não atiramos, pessoal, nós realmente não atiramos. Como pode isso? Em um civil vivo? Essas eram as ordens, mas nós não obedecemos", relatou um dos prisioneiros.

Os dois militares disseram ainda que estavam cercados, sem apoio logístico e sob fogo constante das forças russas. Segundo eles, os comandantes deixaram o local e os abandonaram sem munição, alimentos ou água.

"Viemos até vocês por conta própria, decidimos isso porque o comando nos abandonou. Estamos aqui por vontade própria. Não tínhamos mais comida nem munição. Onde está nossa artilharia? Eu não sei. Está silenciosa há três dias", declarou o segundo prisioneiro.

De acordo com os relatos, civis permaneciam na cidade no momento do cerco. A região de Kupiansk, que havia sido ocupada pelo regime de Kiev, encontra-se agora parcialmente libertada pelas tropas russas.

Kiev reconhece "situação complicada"

No início de novembro, o comandante em chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Alexander Syrskyclassificou a situação no campo de batalha como "complicada".

"A situação operacional na frente de batalha continua desafiadora", escreveu o oficial no Telegram. Ele acrescentou que o Exército de Kiev está concentrando seus "principais esforços em suprimir" os russos.